Resenha Tudo Que É Sólido Desmancha no Ar: A Aventura da Modernidade
Professor e filósofo americano adepto do marxismo humanista, um dos seus mais famosos trabalhos é o livro “Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade”, publicado em 1982 onde mostra os “benefícios” e os “males” da modernidade, utilizando pensadores como Marx e Nietzsche. Berman começa o texto dizendo o que “modernidade” e como é ser moderno. Para ele, “modernidade” é um conjunto de experiências que é dividida entre homens e mulheres, “experiência de tempo e espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e perigos da vida” (BERMAN, 2007, p. 24) e ser moderno “é encontrar-se em um ambiente que promove aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor” (BERMAN, 2007, p. 24), mas também é uma ameaça ao saber, à tudo que se tem. Ao mesmo tempo que a modernidade une as pessoas, ela desune no sentido de que coloca o ser humano num “turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de ambigüidade e angústia.” (BERMAN, 2007, p. 24). Citando várias “descobertas” da modernidade como, por exemplo, as descobertas nas ciências e a grande explosão demográfica, o autor chama de “modernização” todos os processos sociais que geram o que antes ele “classificou” como “turbilhão”. Após fazer essa “definição” de modernidade e modernização, Berman divide a história do processo de modernização em três fases:
Primeira fase: séculos XVI – XVIII;
Segunda fase: século XIX com as revoluções desse período;
Terceira fase: a partir do século XX. Na “primeira fase”, a modernidade ainda está no início e, apesar de saberem que ela já “existe”, as pessoas não conseguem percebê-la. Já na “segunda fase”, que, como Berman disse, começa com a Revolução Francesa e outras revoluções, as pessoas sabem