Resenha textos estratégia base da pirâmide

PRAHALAD, C.K. & LIEBERTHAL, Kenneth The End of corporate Imperialism. Harvard
Business Review, Aug, 2003.
Neste artigo, os autores questionam o que eles chamam de “imperialismo corporativo”, que consiste em replicar os modelos de produção e distribuição bem sucedidos em países desenvolvidos para países em desenvolvimento – “novos mercados para os mesmos produtos”. Este aspecto, faz com que as empresas multinacionais percam excelentes oportunidades por mera falta de compreensão dos recursos, necessidades e expectativas do BOP em países em desenvolvimento.
Tal compreensão deve ser seguida de inovação em sua cadeia de suprimentos. Ao analisar as iniciativas de multinacionais na China e na Índia nos 20 anos anteriores ao artigo, os autores apontam que as empresas deveriam se preocupar com cinco questões essenciais:
• Compreender a classe média emergente nesses países e os modelos de negócios que servem às suas necessidades – um erro comum é não avaliar as diferenças entre os estratos sociais dos diversos países (ex.: Ford na Índia com carros de US$ 20 mi x Fiat no Brasil como Palio);
• Compreender a cadeia de distribuição destes países - a inexistência de uma estrutura nacional na China e a bem sucedida de joint ventures de MNC’s e empresas provinciais. Esta inexistência pode ser vista como espaço para inovação em distribuição, configurando uma eventual vantagem.
• Qual o mix de liderança global e local é necessário – se por um lado expatriar uma liderança estabelecida (mesmo chineses ou indianos nascidos nos EUA ou Europa) para uma área em desenvolvimento favorece a transferência de tecnologia, de conhecimento, das expectativas e da cultura organizacional, por outro as MNC’s deveriam contar com lideranças locais para trazer informações sobre esses mercados O obstáculo é a qualificação local da mão-de-obra – Índia é uma exceção.
• Avaliar quais unidades de negócio podem ser implementadas em cada país – se será utilizada uma única “cara” ou uma para cada unidade