Resenha texto “Edson Mahfuz fala sobre as fachadas contemporâneas” autor: EDSON MAHFUZ
Os edifícios têm seus limites verticais às fachadas que são as partes mais visíveis dos edifícios, elas mostram a força e a riqueza interna e externa dos projetos. Sendo assim ela vai além de delimitar os limites verticais, ela mostra toda a cara de um projeto.
Até o início do século 20 a fachada era parte do sistema estrutural, o que explica sua espessura e pequena quantidade e tamanho das suas aberturas. Já nas fachadas pré-moderna sempre é o cheio sobre os vazios, ou seja, maior a quantidade de aberturas do que alvenaria.
O controle climático das edificações era resolvido pela inércia térmica das fachadas − consequência da sua espessura e do emprego de umas únicas aberturas: em climas mediterrâneos as aberturas eram pequenas e poucas, enquanto em países de clima frio eram comuns grandes aberturas captadoras de luz. A fachada tradicional desempenhava um importante papel representativo. No edifício clássico é fundamentalmente uma caixa de alvenaria onde eram aplicados os elementos das ordens clássicas. Parte da crise que a arquitetura enfrentou na metade do século 20, deve se o fato dela continuar fazendo e presa ao mesmo sistema de construção das fachadas, sem evoluir, mesmo tendo técnicas e tecnologia para ter uma fachada diferente sem ser tão muraria.
A fachada tradicional foi alterada radicalmente com o surgimento da arquitetura moderna, que representou uma ruptura metodológica com o classicismo. A imitação foi substituída por uma ideia autônoma de forma, a legitimidade era fundamental. Enquanto na arquitetura clássica os diferentes subsistemas que compõem o edifício (estrutura portante, esquema distributivo, organização espacial, mecanismos de acesso, relação com o exterior etc.) convergem e se confundem com a estrutura formal, materializada por paredes grossas, na arquitetura moderna os