Resenha sobre o filme Milk
No final dos anos 70, Harvey Milk foi o primeiro político assumidamente gay a conseguir um cargo público nos EUA. Em sua campanha, ele defendia que todo homossexual deveria se assumir. No trabalho, para a família e para os amigos. Todos deveriam saber. Segundo ele, se todos souberem que conhecem pelo menos um gay, as pessoas poderiam perder o preconceito.
Parece um tanto quanto otimista, mas me faz pensar no assunto. Eu sou heterossexual, mas poucas vezes eu disse isso na minha vida. Nunca senti uma real necessidade para isso. Então fico imaginando porquê não podemos aceitar cada pessoa como ela é? Sem precisar rotular se aquele é gay, ou hetero ou bi ou qualquer opção que ele tenha.
O filme é cortado por uma gravação que o próprio Milk faz e que deve ser ouvida apenas no caso da sua morte. Ele tem 48 anos durante a gravação e conta sua vida política que começou apenas 8 anos antes. Ele abandona seu emprego para começar o seu negócio em São Francisco com seu amor Scott Smith (James Franco). Era o lugar onde havia uma comunidade ativa de homossexuais e mesmo assim todos eram perseguidos pelos homofóbicos. Especialmente policiais.
Por conta dessa perseguição, Milk começa sua atividade política. Ele unifica a comunidade gay para realizarem coisas para serem mais respeitados no bairro. E consegue. O início da sua vida política começa não de repente. Ele só é eleito depois de três tentativas. Ele perde seu amor por conta da sua incansável luta. Parece que estar perto de grandes homens que realizaram grandes feitos sofrem bastante com o distanciamento de seus amados.
A batalha de Milk é contra a discriminação dos homossexuais. E os adversários são muitos. Desde Anita Bryant que fez forte campanha contra uma lei que proibia a discriminação com base na orientação sexual da pessoa é uma delas. Querem demitir todos os professores que sejam gays e todos que os apóiem. Esses eram os anos 70.
Sua relação mais intensa é com Dan White, um