Resenha sobre o documentário justiça
Em um Tribunal de Justiça no Rio de Janeiro, é acompanhado o cotidiano de alguns personagens. Há os que trabalham ali diariamente (defensores públicos, juízes, promotores) e os que estão de passagem (réus). E dessa forma, o roteiro conta a historia Carlos Eduardo, condenado por receptação de carro roubado; Elma Lusitano, mãe de Carlos Eduardo; Maria Ignez, defensora pública; Alan Wagner, preso sob a acusação de porte de arma e tráfico de drogas; Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, Juiz Vara Criminal do Rio de Janeiro; Fátima Clemente, Juíza que foi promovida a Desembargadora.
Com o passar da reportagem ficou bem evidenciado o pequeno número de juízes e a enorme burocratização do nosso sistema judiciário, que até contribuem para o caos do nosso sistema prisional, como pode ser observado nas cenas das celas superlotadas da Casa de Custódia da Polinter e na sala superlotada pelos presos e seus parentes. Nas salas de audiência, os diálogos absurdos entre os juízes e réu. Se vêem que o juiz, o defensor e o acusado falam cada um, uma língua diferente. O réu nem sempre entende a pergunta, ou seja, porque o juiz usa expressões que não são de uso comum, como a expressão latina de cujus em lugar de morto, e que o juiz nem sempre entende a resposta. A falta de humanização traduzida na seqüência de abertura, em que um juiz interroga o acusado de roubo e posterior fuga, sem sequer notar que o rapaz é deficiente físico.
E de se considerar a necessidade de abertura de novos concursos públicos para