juizo
O filme tem como cenário salas de audiências no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, arepresentarem um verdadeiro microcosmo, em que estão presentes dramas e angústias dos atores estatais ou não estatais envolvidos na persecução criminal em juízo.
O documentário expõe determinadassituações ali vivenciadas e que em certa medida relacionam-se com a própria vida privada de seus partícipes. Instiga o espectador a questionar o próprio funcionamento da Justiça Penal, um universocomplexo que vai além dos estereótipos dos agentes processuais.
Com clareza, a realidade exposta conduz ao sentimento de que o rito processual penal, desde Augusta Ramosonde é retratada a realidade de adolescentes que cometeram atos infracionais e que, por isso, foram apreendidos pelo sistema judiciário brasileiro. O documentário ficcional apresenta a situaçãodestas/esjovens (adolescentes) desde o momento das audiências–ocorridas na 2ª Vara da Infância e da Juventude do Rio de
Janeiro e conduzidas pela juíza Luciana Fiala de Siqueira Carvalho - até ocotidiano na instituição de cumprimento de medida socioeducativa em meio fechado para a qual algumas/uns destas/es adolescentes são encaminhados, além de mostrar a realidade de vida de algumas pessoas.
RESUMO: O trabalho busca essencialmente analisar, tendo como marco teórico aulas ministradas por Michel Foucault no Collège de France na década de 70, mais precisamente a inaugural de 2 dedezembro e as datadas de 7 e 14 de janeiro de 1976, o papel do discurso retratado no filme-documentário “Justiça”, da cineasta Maria Augusta Ramos, que cuidou da realidade de audiências criminaisrealizadas no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso; Poder; Justiça.
SUMÁRIO: 1. O filme-documentário Justiça; 2. O discurso como arma de poder, dominação e exclusão; 3. Saberessujeitados, poder e crítica ao conhecimento totalizante; 4. Poder, verdade e discurso jurídico; 5. Conclusão.
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