Resenha sobre caso de racismo

Uma bola, uma tocha, uma bruxa!

Brasil, quinta feira do dia 28 de agosto de 2014. Na cidade de Porto Alegre, o Grêmio Futebol Porto Alegrense jogava contra o Santos de São Paulo. Uma difícil partida para o time gaúcho que acabou resultando em uma derrota para o Tricolor Porto Alegrense. Entretanto, a derrota do Grêmio não foi o tema de comentários e flautas em redes sociais, visto que um fato acabou por ofuscar o brilho opaco da derrota: um ato de racismo!
Muito embora o tema “racismo” pareça obsoleto na nossa cultura, ele grita com força e se mostra muito presente em certas situações. Vale lembrar que o Grêmio já vem enfrentando problemas com esse assunto há algum tempo, visto que a sua torcida vem cometendo atos de racismo contra jogadores rivais – como o caso do jogador Paulão do Internacional, que resultou em uma multa de R$ 80 mil reais para o time mosqueteiro.
Entretanto, o que mais me chama atenção neste ato de preconceito contra o jogador Aranha, na ultima quinta feira (28/08) é que, graças a um close televisivo, uma torcedora foi flagrada gritando em alto e bom som a palavra “macaco”. Em outros casos de preconceito, apenas tínhamos a grande massa gritando ou víamos bananas em canos de descarga – como no caso de racismo contra o juiz Márcio Chagas – mas dessa vez se ergue uma representante da massa preconceituosa e, com ela, uma massa justiceira e, ousaria dizer, medieval.
Patrícia Moreira foi infeliz em exclamar “Macaco” para uma câmera de uma rede nacional e, com isso, uma série de pseudo-ativistas na luta contra o racismo empunharam seus mouses e teclados como se fossem tochas e lanças e resolveram acabar com o racismo atacando violentamente a torcedora do tricolor. Ofensas em mídias sociais, exoneração do cargo público que ocupava e uma série de promessas homicidas tomaram conta das redes sociais em que a menina usava, forçando-a a excluí-las. Acredito, com unhas e dentes, que o racismo deve ser combatido com força máxima, levando a julgamento