Resenha Silvia Cezar Miskulin Cultura Ilhada
2143 palavras
9 páginas
Com formação de Pós-doutorado em História pela Universidade de São Paulo, orientada por Maria Ligia Prado Coelho, Sílvia Cezar Miskulin publicou três livros, sendo eles Os intelectuais cubanos e a política cultural da Revolução (1961-1975), Revoluções e reformas no século XX em parceria de Stella Maris Scatena Franco Vilardaga e Cultura ilhada: imprensa e Revolução Cubana (1959 – 1961), este último será utilizado para realização desta resenha, que tem por objetivo descrever as informações contidas no livro de modo que entenda sobre o que se trata, além de demonstrar sua importância historiográfica. O livro tem por finalidade tratar da imprensa cubana durante o período de 1959 á 1961, partindo da análise do suplemento cultural Lunes do jornal Revolución, órgão de imprensa dos Guerrilheiros de Sierra Maestra, que passou a ser editado após o triunfo da Revolução Cubana (MISKULIN, 2003, p. 15). Ela organiza seu livro em cinco capítulos Lunes e a Revolução Cubana, As fronteiras de Lunes, A (re)fundação da cultura nacional, Arte e cultura revolucionárias e o Fechamento de Lunes de Revolución. No capítulo Lunes e a Revolução, a autora faz uma introdução ao tema, falando do surgimento do encarte do jornal e sobre os colaboradores e temas abordados no suplemento. Sobre o suplemento, ele surge com a consolidação da revolução e, tinha por objetivo ser palco dos debates políticos, a criação de uma identidade nacional – como negação da cultura colonial – através da literatura e produções artísticas. Sobre os principais colaboradores, eram esquerdistas que criticavam à falta de liberdade no comunismo soviético, algo que se encontra em um discurso de Fidel “... não só oferecemos aos homens pão, mas também liberdades” (CASTRO apud BANDEIRA, 1998, p. 196 – 197) uma grande mostra desses ideais socialistas, porém ainda não havia Cuba se transformado em país comunista. Os principais colaboradores eram Guilhermo Cabrera Infante, Pablo Armando Fernández, Virgilio Piñera, Antón