Resenha senhora
Pobre, esta moça acaba sendo trocada pelo homem que amava, Fernando Seixas, pela bagatela de um dote de trinta contos de réis, desembolsados por Adelaide Amaral, filha de um empregado da Alfândega.
Aurélia recebe uma herança e fica extremamente rica e despreza a todos os homens que a cortejam. Agora, esta 'Senhora' traída em sua sensibilidade não a perdoa. Em resposta ao acontecido, para vingar-se, usa o que mais aversão: o dinheiro.
Com muita astúcia, ela pede a seu tio e tutor, Lemos, que ofereça a sua mãe a Seixas, recém-chegado na corte. No entanto, há a condição de que a identidade dela não seja revelada e que o dote proposto seja irrecusável.
Fernando, em mão situação financeira, além de precisar comprar o enxoval da irmã não recusa. Os planos de Aurélia entram em ação. Até que o grande momento acontece. Ele é apresentado a sua futura esposa: ao (re)encontrá-la, acredita ter unido o amor e a fortuna, já que ela é um amor antigo que foi abandonado pelo dote de Adelaide.
Ledo engano do pobre rapaz. Na noite de núpcias é que são revelados os verdadeiros papéis do casal, ela a mulher traída, ele o homem vendido. Neste clima de casamento de conveniência que a história de amor da moça rica é contada. Aurélia, acaba que expondo os seus sentimentos a cada linha que compõem a obra.
Esta mulher que, inicialmente, é vista como um ser divino acaba tornando-se um misto de anjo e demônio. Personagem de contradições, tendo dentro de si 'a bela e a fera'. Ao maltratar o seu grande amor é que a 'Senhora' prova a sua