Resenha - revolução dos bichos
A REVOLUÇÃO DOS BICHOS
O pequeno livro satírico de George Orwell, A revolução dos Bichos, foi publicado em agosto de 1945 na época da Segunda Guerra Mundial, e parece ser uma sátira atacando o modelo soviético sob a ditadura de Stalin projetando um retrato fiel através dos bichos. No início do livro todos os perfis dos animais são traçados: os porcos, as ovelhas, os cavalos, as vacas, as galinhas, o burro, possuem traços marcantes de manipulação, teimosia, alienação, ignorância, dispersão na qual todos os personagens inteligentemente têm equivalentes no mundo real. Os embriões da revolução começam com Lênin representado por Major “porco”, o Stalin do livro e Napoleão, o porco esperto que cria em segredo uma matilha de cachorros amedrontadores. Os ideais revolucionários igualitários conquistam sempre muitos adeptos, e ainda o fazem. Inevitavelmente, os ideais se tornam ilusões e são corrompidos pela própria natureza humana e acabam em tiranias que de fato ocorre na tentativa de implantar o comunismo ‘socialista’. A humanidade não mudou muito de lá para cá e até hoje o livro com sua fábula ainda está atualizado. O exemplo do livro é de extrema importância para entendermos o funcionamento de sociedades comandadas por diferentes tipos de governo, além de mostrar de forma genial a ambição do ser humano, o "sonho do poder". O Sr. Jones era o dono da Granja e, como tal, explorava o trabalho animal em benefício próprio, para acumular capital. Em troca dos serviços prestados, ele pagava com a alimentação, que nem sempre era boa e suficiente. Temos aí o retrato de uma sociedade capitalista: quem mais trabalha é quem menos ganha. A Revolução que se deu por idéia do "Major", tinha por princípio básico a igualdade; sendo assim, o Animalismo corresponde ao Socialismo, regime em que não existe propriedade privada e em que todos são iguais, e todos trabalham para o bem comum. A princípio, houve um socialismo democrático, em que todos