Resenha Representação do MST na Revista ISTOÉ

A Representação do MST na Revista ISTOÉ
Eduardo Gonçalves (2006, pag. 2) escreveu um artigo no qual fez uma análise do conteúdo das representações sobre o MST, presentes em matérias veiculadas pela revista semanal ISTOÉ. Apesar da revista se autodenominar como imparcial, os resultados obtidos por Gonçalves demonstram que a imagem do MST veiculada pela
ISTOÉ pode ser caracterizada, assim como em outros meios de comunicação, como negativa, estereotipada e folclórica, marcada também pela ilegalidade e pela violência.
Gonçalves (2006, pág. 3), primeiramente, aponta autores os quais definem a mídia e a ideologia para que se possa, posteriormente, entender os movimentos sociais, como o MST. Lima, (apud GONÇALVES, 2006, pág. 3), aponta que é considerável o poder da mídia na construção da realidade por meio de representações da vida humana. Lima afirma, ainda, que a maioria das sociedades de hoje dependem da mídia para construir o conhecimento público, pelo qual são pautadas as decisões a serem tomadas. Gohn (apud GONÇALVES, 2006, pág. 3) ratifica que a mídia é um grande agente de pressão social, uma espécie de quarto poder, funcionando como um termômetro de pressão dos grupos com acesso à ela. Thompson (apud GONÇALVES,
2006, pág. 5) indica que a interpretação da ideologia pode estimular uma reflexão crítica sobre as relações de poder e de dominação características da vida social. Para ele, os fenômenos ideológicos são significativos desde que sirvam para estabelecer e sustentar relações de dominação.
De acordo com Eduardo Gonçalves (2006, pág. 6), a relação da mídia com os movimentos sociais é marcada pela ambigüidade. Pois, por um lado, os movimentos buscam estar na mídia com o fim de divulgar suas reivindicações. E por outro, a imprensa usa o seu poder e na veiculação de notícias pode tanto angariar simpatia da opinião pública quanto aversão. Por exemplo, Marambaia (apud GONÇALVES, 2006, pág. 7) pesquisou o MST a partir de dois jornais baianos e