Resenha - quarto de despejo
Carolina com seu diário nada confidencial vem nos mostrar a realidade da favela do Canindé em São Paulo, as margens do rio Tiete, iniciando sua historia 15 de julho de 1955, relatando o aniversário de sua filha e o que pretendia comprar, mas o custo de vida atual em que vivia a impossibilitava. Ela em seu livro faz reflexões e criticas sobre a favela e sobre a politica, denunciava as condições desfavoráveis, representava a voz deste povo miserável.
Com grande esforço ela busca o pão de cada dia, para ela e seus três filhos, Vera Eunice, João José e José Carlos o primogênito, ia cedo buscar água na torneira para evitar as filas e os comentários maldosos das mulheres da favela, mas nem sempre conseguia, a fila era grande comentavam de tudo e de todos, Fazia o café para as crianças, sempre faltava o pão, comiam o que tinha e às vezes era a fome que os acompanhavam, os meninos vão à escola e Vera a acompanha nesta jornada, a menina não tem sapatos e não gosta de andar descalço, Carolina se desdobra para criar seus filhos e tenta não deixar faltar o principal, “comida”, pois é de partir o coração para qualquer mãe, ver seu filho lhe pedir alimento e você não ter o que oferecer, faz 2 anos que ela pretende comprar uma máquina de moer carne e uma máquina de costura, mas pelo jeito só vai ficar na vontade.
A vizinhança não dava sossego, brigavam e implicavam com seus filhos, quando as mulheres furiosas invadiam seu barraco para espancar suas crianças, elas se defendiam jogando pedras nas vizinhas, Carolina nem se envolvia abrigava as crianças no barracão e dizia às mulheres que iria escrever um livro referente à favela e citaria tudo que se passa e o que elas fazem e as cenas desagradáveis que as fornecem á ela. Carolina tolera criança, não encontra defeitos nelas, dirigia a elas com palavras agradáveis, mesmo aquelas que eram influenciadas pelas mães a falar mal.
Carolina guerreira catava papel, ferros e estopas, pegava alguns alimentos no lixo,