Resenha "Paul Krugman: um professor americano"
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Krugman, por se encaixar no ramo da ciência econômica conhecido, nos Estados Unidos, como "mainstream economics", procura representar ou reforçar suas teorias com a formalização, que nada mais é que a expressão matemática das análises econômicas. Esse método, ao mesmo tempo que parece simplificar demasiadamente o estudo econômico, e talvez até deixar de lado pontos que deveriam ser considerados, consegue explicar fatos decorrentes do processo econômico que, de outro modo, ficariam de fora da análise, não considerados como efeitos da economia. O que difere, inicialmente, Krugman dos demais cientistas econômicos de seu tempo é conseguir "traduzir" a economia ao público, inclusive a leigos, por meio de metáforas simples que só são possíveis pela formalização que adota, como o exemplo de que, ao procurar explicar a diferença entre gerir uma economia e uma empresa, ele usa os conceitos de "sistema aberto" e "sistema fechado", tornando o assunto mais didático e de fácil compreensão. Em relação ao seu método, Krugman apresenta os quatro mandamentos básicos, que se resumem em ouvir mesmo aquilo com o que não concorda, refletir sobre aquilo que importa no seu meio intelectual, não se importar com o ridículo e simplificar ao máximo os modelos. Isso é fundamental, a meu ver, porque o principal objetivo de teorias deve ser fazer-se compreender, atingir o público de forma não passiva, mas dinâmica. A relação com Simmel vem está nesse estudo que vai a fundo, sem se deixar distrair pelo que está na superfície (o conteúdo imediato), mas que analisa, antes de mais nada, o formal. A posição keynesianista de Krugman é exposta no texto, de forma que ele culpa, pela crise de 2008, principalmente a suspeita radical quanto à ação pública, muito comum nos Estados Unidos, mas que, em comparação com o Brasil, praticamente não se verifica, pois o Estado é visto como provedor e, talvez, até como uma figura paternalista.
Um exemplo dado no texto é o questionamento em relação ao