Gil Vicente e o teatro popular
O teatro popular
Gil Vicente e o Teatro
Português
• Em 1502, o teatro praticamente não existia em
Portugal. Apenas haviam representações religiosas nas festas da Igreja, onde encenava-se a vida de
Cristo, com o intuito de educar os fiéis. Somente um pouco depois surgiu o teatro de Gil Vicente com sua encenação mais popular: Monólogo do
Vaqueiro. Seu teatro era chamado de profano, por ser representado nas praças públicas. Gil Vicente inspirou-se inicialmente na obra do castelhano
Juan Del Encina, mas depois desenvolveu suas peças de maneira original, tento deixado uma grande produção teatral.
• Por falta de documentos, muitos fatos da vida de
Gil Vicente ainda constituem um mistério, como o próprio ano de seu nascimento, que os estudiosos acham que deve ser 1465. Com a encenação do Monólogo do Vaqueiro iniciava-se assim uma carreira que se estenderia por mais de trinta anos. Sua última peça é de 1536 e depois dessa data não há mais notícias suas.
A crítica social
• O teatro de Gil Vicente expressa uma visão extremamente critica da sociedade da época.
Censura a hipocrisia dos religiosos que não fazem o que pregam e não honram o catolicismo; denuncia os exploradores do povo, sejam eles juízes ou sapateiros. Seu teatro é claramente de fundo moralista, que critica a corrupção da sociedade e vê na restauração da pureza da religião católica o único caminha da salvação; expressa, portanto, uma visão teocêntrica.
Suas obras
• Gil Vicente escreveu dezenas de peças, dentre as quais se destacam a farsa de Inês Pereira, O velho da horta, Auto da barca do inferno, Auto da alma, Auto da Lusitânia... Ao total escreveu 44 peças.
• Alto da barca do Inferno: tem como cenário fixo duas embarcações, num porto imaginário para onde vão as almas no instante em que morrem. Uma barca é representada por um Anjo, simbolizando o Paraíso, e a outra é representada pelo diabo, simbolizando o Inferno. A ação desenrola-se a