Resenha: OS ESTABELECIDOS E OS OUTSIDERS: SOCIOLOGIA DAS RELAÇÕES DE PODER A PARTIR DE UMA PEQUENA COMUNIDADE
Nobert Elias em seu texto “Ensaio teórico sobre as relações entre estabelecidos e marginalizados”, relata sobre um estudo realizado em uma comunidade de obreiros, de nome fictício de Winston Parva. Nesta comunidade havia dois grupos de moradores, os “estabelecidos”, que vivia na comunidade duas ou três gerações e os recentes, chamados de “outsiders”. Os estabelecidos tinham dificuldade em aceitar o segundo grupo, os recentes. Sendo assim os “de dentro”, buscaram construir e manter uma desigualdade, legitimando-a através de características de valor humano inferior aos “outsiders” e atribuindo ao seu grupo características de valor humano superior e carisma.
Elias nos mostra que a relação de poder entre os dois grupo se dá, não por meio de varáveis sociológica corretes como ocupação, língua e nacionalidade, procedência étnica, níveis de educação, uma vez que todos eram de mesma classe social; Senão por meio de uma antiguidade de formação que resultou em um grau de coesão interna, de identificação coletiva, de normas comuns, que gera nas pessoas o sentimento de pertencimento a um grupo dominante e o desprezo pelo o subordinado. Para pertencer a este grupo dito superior era necessário observar rigidamente as normas, todavia os “forasteiros” eram visto como não observantes destas normas, já que não se conheciam, pois vinham de vários lugares. Ou seja, os estabelecido consideravam se nômicos e tinham os o outro grupo como anômicos.
O autor demostra que a produções de posições dos grupos são estabelecidas por meio da estigmatização, onde os membros dos grupos dominantes empregam contra subordinado, como forma de manter sua superioridade. Uma vez que o estigma lançado pelos os poderosos sobre os de poder inferior, tende a formar a imagem que cada indivíduo faz da posição do seu grupo na sociedade, desarmando-os e enfraquecendo-os cada vez mais. Desta forma o autor vai analisando os laços sociais, tanto a nível individual como coletivo, por meio das funções