Resenha Oportunidades Discarçadas

Crises e Relações Públicas

“É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos, e as grandes estratégias”
Albert Einstein

Na mesma linha de pensamento de Einstein, pode-se afirmar que é nas grandes crises que se descobre quem são realmente os grandes líderes. Esses, que em razão de períodos turbulentos, principalmente econômicos, superam, além de si mesmos, a concorrência do mercado através de planos estratégicos e inovadores.
O livro Oportunidades Disfarçadas de Carlos Domingos (2009) aborda, dentre outros assuntos, as oportunidades proporcionadas em virtude de grandes crises. O autor cita gigantes construídas ou que tiveram seus principais saltos econômicos em épocas perturbadas, como TAM, Avon, Sony, Gol, exemplificando que seus iniciadores ou líderes foram criativos, estratégicos e acima de tudo, acreditavam no que faziam.
As decisões de quais rumos a empresa tomará em face de uma economia em crise, por exemplo, são planejadas pela alta administração da organização. No entanto, o profissional de relações públicas, embora não participando diretamente, insere-se intrinsecamente nelas, já que é em virtude dele que as resoluções, antes teorizadas pela gerência, realizar-se-ão em um novo plano: o da comunicação da empresa perante seus públicos.
Embora a comunicação seja o primeiro setor “cortado” em situações de redução de custos, é a “técnica empresarial” essencial e mais eficaz para que não haja também uma crise da imagem da organização. Igualmente, a comunicação é a primeira opção acionada mediante uma imagem negativa resultada de crimes corporativos, por exemplo.
Mesmo que as decisões inovadoras sejam tomadas por altos executivos, é a comunicação, mais especificamente o trabalho de um relações públicas, que planeja estrategicamente a viabilidade dessas ações e implanta-as na empresa e na comunidade em sua volta. Não há como existir “oportunidades disfarçadas” caso elas não sejam bem divulgadas. Ou seja, em nada agrega líderes com ideias