Clima de Angola

INTRODUÇÃO Não se pode considerar a História de África como sendo a história de povos isolados, embora África nunca tenha sido uma unidade histórica nem uma unidade geográfica, com traços específicos e contínuos do conjunto dos povos que a integram.
O que hoje se nos apresenta como uma unidade, a Consciência Africana, com a sua reivindicação – África para os Africanos – é na verdade o resultado de um desenvolvimento que tem as suas raízes fora de África, em pensamentos e acontecimentos que foram projectados para África, por instituições e povos não africanos¹.
Encarar a História de África como parcela da história do mundo e procurar conhecer os impulsos que aquela recebeu desta, não significa que esqueçamos ou ignoremos a actual individualidade africana, pelo contrário, só como parte da história do mundo a história africana consegue ser objectiva e justa para com os povos de África.
Qualquer História é a sequência que levou um povo, uma nação ou um conjunto geográfico, à situação que hoje observamos. A História é também o relatório destes acontecimentos, o relato moldado conforme a interpretação que o relator faz do que aprende, das suas observações dos acontecimentos e das forças e tendências que os originam e sobre ele influem.
Assim colocaremos a miúde os principais meandros que fazem eco ao tema a que nos foi incumbido que é : As migrações dos povos em África.

Desenvolvimento
As migrações dos povos em África
Embora pouco se saiba sobre os povos africanos da primeira metade do segundo milénio da nossa era, a pesquisa comparativa do desenvolvimento linguístico e cultural, os relatos dos geógrafos e dos viajantes árabes a partir do século IX, e até certo ponto, os relatos verbais passados de geração em geração entre os próprios povos africanos, permitem fazer uma reconstituição aproximada da situação etnográfica desse período da História. Podemos imaginar acontecimentos em África