Resenha: “notícias de lugar nenhum – ou uma época de tranqüilidade” (willian morris)

Marina Eulália Vieira do Nascimento

Resenha:
“Notícias de lugar nenhum – Ou uma época de tranqüilidade” (Willian Morris)

Resenha crítica apresentada à disciplina Teoria Econômica ministrada pelo professor Hugo Corrêa no curso de Serviço Social, na Universidade Federal do Espírito Santo

Vitória/2011

Depois de participar de um encontro com a Liga Socialista, e ficar frustrado por não ter dito o que queria na discussão, Guest vai pra casa, logo dorme e acorda mais de 200 anos depois. Desperta em uma casa de hóspedes e percebe algo estranho: o mundo havia mudado. Ao sair da casa, ele conhece Dick, um barqueiro jovem que o leva para velejar no rio. Ao término do passeio Guest tenta pagar Dick, mas ele, confuso e não entendendo o que Guest quer com tal gesto, diz: “Acho que entendo o que você quer dizer. Você acha que eu lhe prestei um serviço; e sente-se obrigado a me dar algo que não devo dar ao meu vizinho, a menos que ele tenha feito alguma coisa especial por mim.” (Morris, 2002, pág. 33). Pode-se ver neste trecho que o dinheiro não tinha mais valor, as pessoas trabalhavam por prazer. Trabalhavam naquilo que gostavam, o que não era pouco, e produziam o que precisavam, não sendo obrigadas a fazer o que não gostassem.
Dick levou Guest até seu bisavô, Hammond, para que esse respondesse suas perguntas. No caminho Guest vê crianças brincando e descobre que não há educação, não da forma que Guest a conhecia. Destarte, Dick questiona: “Educação? Sei latim o bastante para saber que essa palavra deve se originar de ‘educere’, conduzir para fora; já a ouvi ser usada, mas nunca alguém conseguiu me explicar o que exatamente ela significa.” (idem, pág. 59)
A educação naquela sociedade era a critério das crianças, elas julgavam o que era relevante ou não para aprenderem, e só aprendiam se quisessem, nada era imposto. Absolutamente diferente da sociedade de Guest, em que as crianças eram obrigadas a irem à escola. Na sociedade de Dick mesmo que o conhecimento seja