Resenha north + weber + mills + aron
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O ascetismo sexual do puritanismo, segundo Weber (2010), preza que as relações sexuais, mesmo no casamento, só são permitidas como meio desejado por Deus para aumentar Sua Glória. Todavia, como podemos observar no “world clock”, a população mundial cresce em média duas pessoas por segundo. Será que todas essas pessoas nascem a partir desse mesmo princípio?
A resposta é não e para solucioná-la precisamos da utilização da Imaginação Sociológica, de Mills (1965). Talvez, na visão do puritano, o trabalho é o meio de louvar a Deus, na do calvinista, que a busca por sua vocação é fundamental e na do luterano, que o trabalho é essencial; esses protestantes acreditavam que o ócio e o uso de dinheiro para outro fim a não ser melhora do trabalho era condenável. Porém, essas crenças se espalharam pelo mundo, atingindo países que passavam pela expansão comercial, convertendo banqueiros e comerciantes e a avareza foi se dissipando entre os adeptos. Como Weber (2010), utilizando de base John Wesley, afirmou: com o aumento dos bens, a religião permanecia, mas o espírito tinha se esvaído. Ou seja, é possível que a ética estivesse mudando a instituição religião, e com isso nos guiando ao capitalismo.
Paulo Gala (2003), citando Douglass North, diz que “se por um lado o crescimento populacional desencadeou uma série de inovações institucionais, notadamente o ressurgimento dos mercados, por outro, trouxe vários problemas ao cenário do oeste europeu, por conta do descompasso surgido entre a produção de alimentos e as necessidades de uma população crescente”. Os bens materiais, antes significando o manto do qual podíamos nos livrar, se tornou a jaula de ferro na qual estamos presos. O consumismo é a nossa prisão e talvez possamos provar isso ao visualizar o estupendo crescimento do número de latinhas de Coca-Cola no “world clock”, que é um possível