RESENHA - MOBILIDADE URBANA, INIQUIDADE E POLÍTICAS SOCIAIS
Alexandre de Ávila Gomide http://www.en.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/politicas_sociais/ensaio5_alexandre12.pdf Aline Santana Fgueiredo
Thiara Gomes Galdino Leite
Departamento de Engenharia Civil
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Resumo
A desigualdade no Brasil vai muito além da renda e educação. O nosso país necessita de vários serviços públicos essenciais, como é o caso do transporte. As condições de acesso ao serviço de transporte coletivo e a mobilidade urbana das populações de baixa renda tem sido tema frequente nas discussões de políticas públicas. Sabemos que, para a resolução o da deficiência do atual modelo de prestação deste serviço público, devem ser discutidas e analisadas possíveis soluções principalmente no âmbito local.
Resenha
De acordo com a constituição, o transporte coletivo é um serviço público de caráter essencial, porém não vem sendo tratado como tal. Estudos e pesquisas realizados neste sentido são capazes de concluir que, nas grandes metrópoles brasileiras, o cidadão está sendo privado do acesso ao serviço de transporte coletivo.
Foi constatado que as famílias de baixa renda utilizam com uma frequência muito menor o transporte coletivo e, dentre estas, são predominantes as viagens a pé. As diferenças entre os números referentes ao deslocamento estão diretamente ligadas ao alto preço das tarifas e à falta de oferta do serviço nas áreas periféricas, caracterizada pela baixa frequência de veículos e dificuldade de acesso aos pontos.
Os problemas no serviço transporte afetam diretamente o acesso a outras atividades básicas e essenciais como educação, saúde, trabalho e lazer. Esta deficiência se torna um ciclo, pois, em razão das altas tarifas, muitas pessoas tem dificuldade em procurar empregos, pois não tem condições de arcar com o custo do deslocamento até o local da oferta das vagas e os deslocamentos até hospitais, escolas e até mesmo