Resenha Milton Santos "O espaço geográfico como categoria filosófica"
Gabriela dos Santos Bertho 168277
GN107 – Aula 3
SANTOS, M. “O Espaço Geográfico Como Categoria Filosófica”. Terra Livre, São Paulo, n. 5, 1998. A busca pelo conhecimento do espaço concerne ao humano desde a Antiguidade. Antes de ser chamada de geografia, essa ciência era já então, nos tempos antigos, classificada como um tipo de filosofia. Para construir-se a filosofia da geografia, é necessário se basear na noção de totalidade. Os objetos geográficos estão em constante movimento, processos e mudanças e a natureza não se apresenta homogeneamente. O estudo da geografia em determinado espaço e tempo depende de tudo que se passou anteriormente. O estudo em escala torna-se necessário devido aos graus de complexidade das estruturas envolvidas no estudo da geografia. Mas sem deixar de lembrar que, como disse Milton Santos em seu texto, devemos “dar conta da parte sem desintegrar a totalidade” (SANTOS, M., 1998, p.5). A geografia demanda muito mais do que nossos olhos podem ver. Se nos restringirmos a isso, deixamos de analisar muitos outros fatores que afetam o que vemos. Há muito encoberto e é necessário recorrer ao abstrato e às tecnologias para assim atingir a totalidade. “... as estruturas espaciais são, ao mesmo tempo, um estado – o que é provisório – e são o objeto de um movimento que modifica seu conteúdo – o que é permanente.” (SANTOS, M., 1998, p.8). Com isso e outros aspectos citados, fica evidente que o concreto não é o suficiente. A filosofia tem o papel de base para a geografia, sendo, portanto, uma de suas mais importantes ferramentas.