Resenha - MERCADORES DE SENTIDO: CONSUMO DE MÍDIA E IDENTIDADE JUVENIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CURSO DE JORNALISMO

LEITURA ORIENTADA
“MERCADORES DE SENTIDO: CONSUMO DE MÍDIA E IDENTIDADE JUVENIS”

Felipe Tubino Franco

SANTA MARIA, RS
2012

Baseados em estudos sobre a juventude, o texto analisa o consumo de massa pelos jovens em determinadas tribos como uma investigação sobre as culturas juvenis nos centros urbanos. Assim surge uma nova categoria, a de jovem consumidor. Como atestou Morin, “os modelos dominantes não são mais os da família ou da escola, mas os da imprensa e do cinema”. O objetivo, então, é entender a relação dos produtores juvenis – de música punk, do rap e dançarinos break – com as novas formas de constituição das identidades que dependem de representações que os jovens formulam sobre si mesmos sobre a sociedade em que vivem (p. 15).
Os ensaios aqui reunidos são o resultado de uma pesquisa acerca da interação entre jovens filiados a estilos culturais (hip-hop, punk e tradicionalista), mídia e classes sociais na estrutura da vida cotidiana de duas cidades do Rio Grande do Sul: Santa Maria e Caçapava do Sul (p. 17).
Enquanto Caçapava do Sul tem uma identidade cultural mais forte, sendo mais tradicionalista – um dos fatos é que a cidade é a 2º Capital Farroupilha -, Santa Maria possui influências de culturas de outras etnias. A pesquisa feita pela autora também constatou que em relações a músicas, os jovens brasileiros entre 15 e 24 anos preferem três gêneros: o sertanejo, o rock e o pagode, não necessariamente nessa ordem. E no espaço regional esses jovens, por uma cultura hegemônica, exaltam a figura do gaúcho. Falando um pouco sobre alguns dos estilos que a autora analisou, o punk e o hip-hop se alimentam da cultura internacional-popular que altera a forma de identificação dos homens com a nação e com as classes, desempenhando as mesmas funções pedagógicas que a escola possuía na