Resenha: Memórias Póstumas de Brás Cubas
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Escrito em 1880 por Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas é considerado o marco inicial do realismo no Brasil. Foi inicialmente publicado em folhetim, e no ano seguinte como livro, abrangendo 160 capítulos.
Narrado em primeira pessoa, com muita ironia e sutiliza, conta a história de vida de Brás Cubas, um homem da classe abastada do Rio de Janeiro no século XIX.
Já nos primeiros capítulos, Brás Cubas, um defunto-autor, conta sua morte, o que torna a obra desde o início muito intrigante. A começar pela dedicatória, “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas”, que nos mostra que por mais suntuosa que tenha sido a vida, a morte talvez seja igual para todos, pois no final não somos nada além de comida dos vermes. Além disso, o autor consegue ironizar as clássicas dedicatórias presentes no Romantismo, movimento literário anterior.
Brás Cubas era um garoto nascido de família rica e extremamente mimado. Aos dezessete anos apaixonou-se por Marcela, uma prostituta luxuosa que, segundo o narrador, “durou quinze meses e onze contos de réis”.
Devido aos excessivos gastos, seu pai manda-o para Portugal para estudar direito a fim de torná-lo Bacharel. Tempos depois, Brás Cubas volta ao Rio de Janeiro por conta da morte de sua mãe. Depois disso passa a namorar Eugênia que era coxa de nascença, filha de Dona Eusébia uma amiga pobre da família, mas não dura muito tempo. Enquanto isso o pai procura para ele um casamento oportunista com Virgília, filha do Conselheiro Neves, um político. No entanto ela se casa com Lobo Neves, um deputado, e posteriormente fica amante de Cubas, o qual faz encontros com ela em uma casa de D. Plácida, uma serviçal da família de Virgília. O adultério de Brás Cubas com Virgília, uma mulher que finge viver um casamento feliz com o político Neves, é