Resenha - Matrix
O filme Matrix começa exibindo o dia a dia de um típico cidadão americano chamado Thomas A. Anderson, também conhecido como Neo, seu apelido 'hacker', quando num dado momento surge uma mensagem em seu computador, sugerindo que ele seguisse o 'coelho branco' tal qual em Alice no País das Maravilhas (Lewis Carrol).
Movido pela curiosidade e provavelmente por uma sensação de que esta poderia ser a forma de encontrar resposta as suas perturbações, Neo decide aceitar o convite, e a partir daí ele conhece Trinity e Morpheus, que o persuadem a ver a 'realidade' do mundo em que ele vivia até então.
A Neo é dada uma escolha: tomar a pílula azul, mantendo as coisas como estão, ou tomar a pílula vermelha e abrir-se para uma outra realidade até então desconhecida por ele.
Neste ponto, fizemos uma analogia com o filósofo pré-socrático Heráclito, para quem o mundo é um fluxo permanente em que nada permanece idêntico a si mesmo. Tudo se transforma no seu contrário. A realidade acontece, então, não em uma das alternativas, posto que ambas são apenas parte de uma mesma realidade, mas sim na mudança ou, como ele chama, na guerra entre os opostos.
Na Matrix essa fusão entre duas realidades fica evidente, pois as personagens caminham entre os dois mundos, sempre no limiar do que é real e do que é ilusão.
Após tomar a 'pílula vermelha', Neo acorda em um mundo totalmente diferente daquele no qual viveu até então, percebendo que esteve ao longo de toda a sua vida conectado neuralmente a aparelhos que lhe forneciam uma realidade simulado, e que o seu corpo físico sempre esteve dentro de uma cápsula, através da qual sua energia era usada para manter o sistema funcionando.
Ao ser 'libertado', Neo descobre a cidade de Zion, último reduto dos humanos 'livres'. Descobre também que ele é "O Escolhido", um "Messias", e que se esperava que ele fosse uma espécie de salvador da raça humana, libertando a todos da ilusão criada pela Matrix.
Assim como no