RESENHA LIVRO: SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica: Marx, Durkheim e Weber
Curitiba, 30 de abril de 2015.
RESENHA
SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica: Marx, Durkheim e Weber Por: Raiane Souza
Outro não faria melhor. O professor da UFSC usou de sua melhor didática para tornar possível um diálogo entre sua obra e o leitor, e muito bem o fez. De início, Sell dedicou trinta e três páginas de seu livro para explicar, dando uma base pra os próximos capítulos, as origens da sociologia. O primeiro capítulo deixa explícito que a sociologia é um dos meios, se não, em minha humilde opinião, o melhor, meio de a sociedade tomar consciência de si. As Ciências Sociais, fundadas por Augusto Comte no século XIX, tiveram seu surgimento a partir de um duplo processo envolvendo as transformações da sociedade e as transformações epistemológicas do ser humano. Dentre tais transformações, podemos dar enfoque a Revolução Industrial, Francesa e Científica. Tais transformações criaram um ambiente incerto, certa “crise”, e foi assim que a sociologia surgiu, a partir da necessidade da resposta. No entanto, enganam-se os ingênuos a acreditar que até antes do conhecido “surgimento” da sociologia, os intelectuais não se preocupavam com a reflexão da realidade social. Este era um assunto de grande importância, porém, analisado aos olhos da filosofia. Foi a partir da aplicação dos métodos da ciência nos estudos dos fenômenos sociais, e de uma visão mais ampla da sociedade, que não se resumisse apenas ao Estado, que surgiu a sociologia. Para Sell, Marx, Durkheim e Weber são alguns dos principais autores clássicos que ilustram as questões da formação do pensamento sociológico como ciência. Tais questões são, resumidamente, a teoria sociologia, a teoria da modernidade e a teoria política. O capítulo dois inicia-se explicando que, embora não tenha sido intenção de Karl Marx fundar a sociologia como ciência, o mesmo criou uma ampla teoria social que entendia a sociedade a partir de sua dimensão