Resenha livro educação inclusiva
O livro Educação Inclusiva foi redigido por Maria Elisa Caputo Ferreira e Marly Guimarães. Maria Elisa é professora da Faculdade de Educação Física e Desportos na Universidade Federal de Juiz de Fora e é Doutora em Educação formada pela USP. Marly Guimarães também é professora. O livro foi escrito com o propósito de chamar a atenção da sociedade para um tema que está em grande discussão e que a maioria da população não tem conhecimento, ou mesmo não tem acesso: a inclusão escolar de alunos com deficiência no ensino regular. O livro é dividido em sete capítulos. O primeiro trabalha alguns conceitos, suas mudanças de significação ao longo da história e as diferentes interpretações que se dá para as definições. Como ressalta as autoras (2003, p.26): “Sobre o indivíduo considerado deficiente incidirá o estigma da incapacidade, do impedimento, da invalidez”. Nesse trecho percebe-se os valores que são atribuídos às pessoas com necessidades especiais, que são geralmente rotuladas como incapazes, limitadas, impedidas e até anormais. Essa visão equivocada leva ao desconhecimento das potencialidades e capacidades do indivíduo com necessidades especiais. Como as autoras destacam (2003, p.27): “A noção de deficiência (...), não deve ser concebida simplesmente como um atributo inerente à pessoa diagnosticada e tratada como deficiente.” O fragmento remete a importância demasiada da deficiência perante o sujeito. Não é raro as pessoas identificarem os indivíduos com necessidades especiais primeiro pela deficiência e depois pelo nome, exemplo: essa é a menina com deficiência auditiva, chamada Paula. Ao meu ver o correto seria: essa é a Paula, que é surda. Há uma supervalorização da deficiência e uma diminuição do indivíduo, sendo este, lembrado apenas por sua deficiência. Pode também ser analisado (2003, p.29):
(...) as contradições que cercam a tradicional e comum expressão “pessoa portadora de deficiência”, que tem sido substituída por outras, como