Resenha LAQUEUR, Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud - Cap. 5
Ideia central: Desconstruir a ideia de sexo e gênero que temos hoje, mostrando que sexo e gênero são invenções culturais.
O sexo como conhecemos é uma invenção do século XVIII.
Mulher vista como homem imperfeito > mulher vista como algo diferente do homem
Os órgãos e estruturas dos homens e mulheres que antes não eram diferenciados passam a ser de modo a corresponder ao homem e a mulher culturais.
O corpo natural tornou-se padrão para discussão das relações sociais.
Os dois sexos foram inventados como um fundamento para o gênero.
As discussões eram um esforço para definir as características anatômicas e fisiológicas que distinguiam o homem da mulher.
O modelo dos dois sexos não depende dos fatos biológicos, assim como o modelo do sexo único não foi descoberto na Renascença, essas são construções ligadas ao gênero e produtos da cultura.
Explicação dos sexos modernos
1) Epistemológica (natural) História (fato x ficção; ciência x religião; razão x credulidade) Fato físico (Reducionismo, o que importava era o fundamento simples, o fato físico, imóvel: o sexo
A partir do século XVIII, o trabalho de construção cultural antes feito pelo gênero passa a ser justificado pelo sexo. Características fisiológicas como justificativa para a condição social da mulher. (Naturalista)
2) Política (contextual)
Contexto: Sec. XVIII; Lutas pelo poder e posição na esfera pública, conflitos entre homens e mulheres, feministas e antifeministas; Costumes não justificam mais as relações sociais
A justificativa do campo de batalha do gênero mudou para a natureza.
Sexo biológico, anatomia sexual como argumento para apoiar ou negar diversas reivindicações.
Nenhum discurso sobre a diferença sexual triunfou. Opiniões muito divididas sobre a mulher ser igual ou diferente do homem.
O sexo biológico
Nos séculos XVII e XVIII ->