Resenha Kinky Boots
O filme, baseado em uma história real, conta a história de superação de uma fábrica artesanal de calçados localizada em Northampton, uma pequena cidade ao norte de Londres. A família Price, que comanda a fábrica há três gerações, é tradicional na produção de sapatos masculinos, porém, Charlie Price não pretende assumir o posto de seu pai e dar continuidade a tradição da família.
Mr. Price, mesmo sabendo que seu filho não o sucederia, não preparou um sucessor. Dessa forma, com a morte do pai, Charlie acaba assumindo a direção da fábrica sem ter noção da situação crítica pela qual esta passava.
A fábrica, por muitos anos, utilizou o mesmo estilo clássico de produção, não modernizou o seu método, o seu maquinário, nem mesmo o seu visual. Com escritórios antigos, sem computadores, comunicação por microfone, produtos estocados de maneira arcaica e principalmente, com comando centralizado em uma única pessoa, os colaboradores acabaram se desestimulando.
Charlie, diante de tantos produtos parados em sua fábrica, vai à Londres tentar vender seu estoque, e se depara com o processo de globalização. Os produtos agora são fabricados em massa e por outros países, com preços bem abaixo da sua produção artesanal, com modelos diferenciados para fisgar cada vez mais os consumidores e com qualidade questionável, para que tenham vida útil curta e levem seus donos a substituí-los com maior rapidez, diferente dos sapatos Price, que são feitos para durar uma vida toda.
Os sapatos Price, por serem feitos com materiais de qualidade e fabricação artesanal, não poderiam competir em preço com a concorrência, deixando a empresa repentinamente sem espaço no mercado. Charlie precisava começar a cortar gastos e se vê obrigado a demitir 15 funcionários, dentre eles uma mulher que questiona sua falta de criatividade e sugere que ele pesquise nichos de mercado pouco explorados para salvar a fábrica.
Enquanto caminhava a noite em Londres, Charlie ajuda uma mulher que