Resenha Jarry Crowne
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Julia Roberts e Tom Hanks podem levar multidões aos cinemas com sua simples presença. Será? Não foi o que demonstrou a bilheteria de Larry Crowne nos cinemas americanos, com seus minguados US$ 35 milhões. O jeito é apostar no mercado externo, onde a força do astro costuma ter peso na escolha sobre qual filme assistir. No Brasil o longa ganhou o apelativo subtítulo “o amor está de volta”, para que não haja dúvidas sobre qual é seu gênero. Só que, a não ser que você seja muito fã da dupla, o resultado é decepcionante. E o culpado maior é o próprio Hanks.Larry Crowne é uma espécie de projeto particular de Tom Hanks, o qual assina como diretor, ator e ainda roteirista, ao lado da superestimada Nia Vardalos. A história traz um homem de meia idade (Hanks) surpreendido com a demissão, mesmo sendo um funcionário exemplar. A causa do pé na bunda? Falta de curso superior. É o suficiente para que ele, mesmo sem emprego, corra atrás de uma formação. Na faculdade faz novos amigos, muda o estilo de vida e conhece Mercedes Tainot (Julia Roberts), a professora de oratória que enfrenta problemas de relacionamento e está desanimada com a falta de interesse dos alunos. Não precisa ser gênio para deduzir o que irá acontecer.
O problema maior do longa-metragem não está em sua obviedade, até porque ela de certa forma faz parte do gênero comédia romântica, mas no roteiro frágil e abobalhado da dupla Hanks e Vardalos. Vários clichês são explorados, como a tentativa de provocar ciúmes através da amizade do personagem de Hanks com uma colega de classe bem mais nova, a rivalidade entre fãs de Star Trek e Star Wars e os acasos do destino que acabam aproximando o casal protagonista. Fora os estereótipos extremados, como o namorado de Mercedes que vive acessando pornografia na internet e o professor “ameaçador” interpretado por George Takei. Entretanto, nada é páreo para a constrangedora cena do close em Tom Hanks de cueca, que serve apenas para provocar supostos ciúmes em uma subtrama