REFLEXAÇÃO SOBRE O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

Desde a chegada dos portugueses no Brasil vivenciamos a corrupção. A idéia de quem detêm o poder pode manipular os “mais fracos” está em nossas raízes. Os portugueses escravizaram os índios e acabaram com a sua cultura pelo simples fato de se julgarem mais fortes, inteligentes e poderosos do que os verdadeiros descobridores do Brasil. Algum tempo depois, após perceberem que a etnia indígena “era fraca” e não suportava a escravidão, importaram os negros da África, mercadoria (objetos) muito mais útil e rentável ao sistema capitalista.
Por termos sido uma colônia de exploração carregamos até hoje a herança da desigualdade social no Brasil. Pois a prática no país durante anos foi a exportação das suas riquezas naturais através do trabalho escravo, sendo a riqueza extraída concentrada nas mãos dos dominadores, enquanto à população escrava cabia apenas o dever do trabalho sem qualquer direito. E assim segue a prática do sistema capitalista: quanto mais eu tenho, mais exploro, quanto menos eu tenho, menos posso.
Dentro desse sistema não é interessante utilizar a educação como instrumento para conscientizar a população que o quadro de desigualdade social existente no país é fruto de um contexto histórico, e que atitudes, através do despertar da consciência crítica de cada indivíduo, poderia transformar essa realidade. Como por exemplo: refletirmos de quem, para quem e para que consumimos aquilo que nos é ofertado.
Vivemos em um país com um sistema de educação precário onde não há o interesse político em melhora-lo, pois a eficácia da educação resultaria na desalienação dos dominados, e como conseqüência viria a perda de poder dos dominantes. Ao ser estimulada a reflexão do povo, ele buscaria os seus direitos e utilizaria a sua consciência crítica ao consumir o que o mercado o oferece. Veríamos muito menos pais deixando de alimentar seus filhos para terem o celular da moda ou preferindo um carro de luxo a uma casa própria, seria o início da desalienação da cultura de