Resenha informativa do texto grave crise existencial de joão ubaldo ribeiro
O escritor João Ubaldo Ribeiro analisa em seu texto “Grave crise existencial” a situação de quem vive de direitos autorais através da analogia com a forma que o nome do peru, a ave, é tratado no mundo. Para tanto, foi desenvolvida uma comparação com a confusão de identidades que o peru sofre nos continentes. Em Portugal, deram-lhe o nome de peru porque lá se dizia que ele veio do Peru, entretanto, no próprio país ele é chamado de pavo. Esta denominação ainda é depreciativa, porque o pavão em Portugal é pavo real, ou seja, ainda sugere-se que o peru é menos nobre do que o pavão. Caracterizam o como turkey na América do Norte mesmo que a ave venha do próprio continente, pois acreditavam que era de origem turca. Na Alemanha, chamam o de Puter, porém, antigamente, seu nome era kalikutischer Hahn que significa galinha de Calicute. Para terminar, em francês denominam o como dindon que se origina de coq d’Inde, galo da Índia. Com esse histórico, busca afirmar que a situação dos artistas e escritores é parecida no que se refere à autoridade do texto que escreve e o direito de cobrar por ele. Defende que assim como o direito do acesso a informação é de todos, o de comer, de ter saúde também, mas não é por isso que os donos dos supermercados, médicos, dentistas e terapeutas não serão remunerados pelos seus serviços. Classifica o modo como o artista é visto na sociedade, como um ser que deve ter “generosidade intelectual” devido à natureza artística ser inata e, por isso, ter de ser compartilhada com todos gratuitamente. Aqueles que desejarem escrever deverão fazer nos tempos livres de sua outra profissão ou escrever sem requisitar privilégios. Chegou a conclusão que o Estado pode resolver o problema do escritor com eficácia e para garantir sua sobrevivência com seguinte processo: primeiro, regulamentaria a profissão. Seria realizado um concurso e os aprovados passariam a portar carteira