RESENHA IMITA O DE CRISTO
KEMPIS. Tomás de. Imitação de Cristo. São Paulo: Editora Martin Claret, 2005. 175 p.
Monge e escritor alemão, Tomás de Kempis nasceu em 1380, em Kempen, na Renânia do Norte (perto de Colónia), faleceu a 24 de julho de 1471, no Mosteiro de Santa Inês. Aos 12 anos, foi estudar para a escola de Deventer, na Holanda. Durante os seus estudos em Humanidades, Tomás de Kempis revelou muito talento na transcrição de manuscritos. Tomás de Kempis iniciou uma vida de pobreza, castidade, devoção e obediência, em comunidade, tendo feito votos de noviço apenas em 1406 e, sido ordenado padre em 1413, um ano depois de ter sido edificada a igreja daquela comunidade religiosa.
Tomás de Kempis produziu cerca de quarenta obras representantes da literatura devocional moderna. Destaca-se o seu livro mais célebre, Imitação de Cristo, composto por quatro volumes, no qual apela a uma vida seguida no exemplo de Cristo, valorizando a comunhão como forma de reforçar a fé1.
Em seu clássico, Imitação de Cristo, Tomás reage a uma espiritualidade intelectualizada, sem paixão e devoção de alma. Sua obra caracteriza-se pelo investimento em relação ao ser interior. Dividido em quatro livros, o autor desafia seus leitores quanto ao caráter da vida cristã. No primeiro livro Avisos úteis para a vida espiritual, a mensagem dominante diz respeito ao que deve ser priorizado. Ou seja, os ensinos de Cristo – quando observados – refletirá, naturalmente, a imagem de alguém que, mesmo vivendo uma vida simples, será capaz de perceber os perigos da soberba, vaidade e das paixões que impedem a imitação de Cristo. Percebe-se a insistência do autor em mostrar os indicativos seguidos de imperativos. Quando o autor se refere (indicativo) à vã esperança da soberba, mostrando o que é a soberba, ele, de modo imperativo, encaminha seus leitores às Escrituras.
Tomás também destaca a vida monástica dando relevo ao exemplo dos santos