RESENHA FILME QUANTO VALE OU É POR QUILO
O consumismo também é evidenciado, exemplo disso é a expansão do comércio de escravos, que não é mais feito apenas pelos senhores, mas também por escravos alforriados, também é visto ao usar a imagem do ‘pobre sofredor’ para obter lucro utilizando a publicidade de ONGs que tentam mostrar à população em geral o ‘bem’ que fazem a essas pessoas. Em ambos os casos aquele que possui mais poder aquisitivo domina e manipula o pobre.
Desse modo pobreza é tratada como um negócio economicamente rentável, onde as relações interpessoais e sociais são definidas pelas relações econômicas, favores são investimentos, ONGs e grandes empresas usam a bondade mostrada à sociedade a seu favor, tirando proveito da miséria dos outros, evidenciando a permanência de outras escravidões na sociedade atual. Todas essas questões do passado refletem no presente e no futuro.
Percebemos que o problema de divisão social esta enraizado no nosso país. Antes o poder estava nas mãos dos senhores de escravo, hoje em dia das grandes corporações e independentemente dos fins que uma empresa almeja, o lucro está sempre em primeiro plano. Visto o exemplo no filme, onde Maria Antônieta compra a escrava Lucrécia para ajudá-la a conseguir sua alforria, mostra que a ambição e a hipocrisia vêm sendo aprimorada desde então.
As constantes comparações do narrador que relaciona a atualidade ao passado, são uma forma de sustentar a ideia da desigualdade como base de formação