Resenha filme Garota Interrompida
É neste ambiente que se inicia a historia de Susanna Kaysen, uma Garota Interrompida, não somente pela guerra, mas também por seu fatídico diagnóstico medico.
Apos tentar suicídio ingerindo 50 aspirinas, e o seu constante questionamento sobre a sua sanidade mental, Susanna é diagnosticada com transtorno de personalidade, e acaba internada em um hospital psiquiátrico, por livre e espontânea vontade.
"Fosse o mundo denso ou oco,ele só provocava minha negação. Quando era para estar acordada,eu dormia;se devia falar,me calava;quando um prazer se oferecia a mim,eu o evitava.Minha fome,minha sede,minha solidão,o tédio e o medo, tudo isso era, sempre,uma arma apontada para meu inimigo,o mundo.É claro que o mundo não estava nem aí para esses sentimentos, eles me atormentavam,mas eu extraia uma satisfação mórbida do meu sofrimento.Ele confirmava minha existência."
Em um momento da historia, onde ser louco era apenas uma questão de ponto de vista, já que o mundo estava indo a loucura com a iminência da guerra, Susanna Kaysen passa a viver no hospital McLean, e é neste local completamente inusitado, que ela conhece o significado da palavra amizade. É ali que ela encontra Lisa,Cynthia,Polly e Geogina, todas diagnosticadas com algum tipo de transtorno e consideradas inaptas para viver em sociedade.
Em um hospital psiquiátrico nos anos 60, o tratamento para os pacientes era o que hoje consideraríamos como crueldade, que consistiam em eletrochoques, hidroterapia (que nada mais é, do que a imersão do paciente em agua fria ou quente,no livro cita "enrolar o paciente nu em lenções umedecidos em agua gelada.) ,terapia, e é claro, uma quantidade imensa de remédios.