Resenha - Filme Amor
Antropologia Cultural
Prof. Dr. Renato Ferreira Machado
Alunos: Bruno Neves Diogo Rhoden Silveira Rafael Gustavo Skowronski
Resenha do filme “Amor” (França, 2012).
O filme retrata o cotidiano de um casal de idosos que preservam uma vida conservadora com poucos laços familiares, mas com certo grau de companheirismo entre os dois. A relação de afetividade parece ter restrições e o convívio aparenta ter regras definidas ao longo da vida. Com uma postura mais fria e menos afetiva, a esposa tem o primeiro empecilho no filme ao sofrer com uma cirurgia que não obteve a recuperação e o sucesso desejados. Assim, começa uma dura batalha de aceitação das restrições motoras que acompanharão a idosa até seus últimos dias de vida. O esposo sente-se culpado por ter iniciado a consulta médica que levaria mais tarde sua companheira ser operada para uma correção no sistema cardiovascular. A idosa não aceita o próprio estado de saúde e no fundo culpa o próprio esposo por tal fato. O marido se propõe a superar todos os obstáculos para facilitar e tornar o convívio entre os dois o melhor possível. Além disso, propõe através das atitudes e força de vontade ignorar qualquer restrição motora da esposa tentando mostrar que a vida pode sim parecer como antes da cirurgia. Diante de tal cenário começa-se perceber que a idosa não quer melhorar e superar qualquer desafio. Trata o estado de saúde como um castigo que foi imposto e deve ser respeitado. Sem a visão da melhora da esposa, o idoso se esforça e se mantem fiel às necessidades da companheira, mas percebe que o sofrimento toma conta cada dia mais do ambiente. As restrições motoras aumentam ao ponto da fala já ser impossível para a idosa e também a alimentação se torna restritiva. Gemidos de dor e agonia é a gota d’água para o marido tomar a decisão de acabar com a aflição e a falta de vontade de viver da esposa antes mesmo de acamar-se. O filme primeiramente nos