Resenha Figura Machadiana

605 palavras 3 páginas
UMA FIGURA MACHADIANA

Dirlane Filgueiras dos Santos1

BOSI, Alfredo. Machado de Assis: o enigma do olhar. São Paulo: Ática, 1999.

Alfredo Bosi Professor universitário, crítico e historiador de literatura, ensaísta, nasceu em São Paulo no ano de 1936. Realizou seus trabalhos em colégios públicos e, ingressa no curso de Letras neolatinas na Faculdade da Universidade de São Paulo – FFC/USP. Em 1960, recebeu uma bolsa de estudos na Itália e ficou dois anos em Florença. De volta ao Brasil, assumiu a cadeira de língua e literatura italiana na USP, ali lecionando durante 10 anos. Em seu livro Machado de Assis: o enigma do olhar, Bosi vem discutindo a figura machadiana, “a figura machadiana” que está divida em um tópico: do meio ao extremo. Bosi aborda a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas e o Memorial de Aires, que foi o último livro de Machado de Assis e escrito pelo conselheiro Aires que é sexagenário, diplomata e aposentado. Assim como Brás cubas, o conselheiro põe-se a escrever na situação privilegiada de que já pode dispensar-se de intervir no duro jogo da sociedade, porém o que importava em ambos os memorialistas era escrever um poder raro e terrível, o poder de dizer o que pensa, sendo assim o maior domínio em memória Póstumas de Brás Cubas como no Memorial de Aires vai além do enredo o seu domínio é a linguagem. Bosi trás diplomata como mediador por ofício e resignação, porém o ofício do diplomata é pensar a mediação dos interesses e das paixões. Vem a memória a frase crua e sábia de Bentinho: “amo os ratos, não desamo os gatos”, ou seja ninguém tem absolutamente razão contra ninguém é aceitar a razão de cada um. A moral do conselheiro é ensinar a convivência dos opostos e a atenuação dos negativos. Bosi trás o poder terrorista de tudo dizer, poder que só a morte concedeu a Brás Cuba, talvez a memória, a música e sobretudo o amor sejam na obra final de Machado as formas de exceção e resolvem por alto, em brevíssimo instante, os

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