Resenha- evolução da ideias sociais
Wagner de Jesus Moura da Costa¹
Ozeas Zuba²
A resenha a seguir foi escrita a partir do texto “Evolução das ideias sociais”, publicado em “O nascimento das fábricas” 9ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. PP.7-10 e escrito por Doutor Edgar Salvadori de Decca.
Para o autor, desde o século XVI a sociedade do trabalho era uma utopia realizada desgraçadamente, formada por fábricas-prisões, fábricas-conventos, fábricas sem salários, e, mesmo após passar por uma evolução positiva no século XVIII, a origem da palavra trabalho está ligada a um estado extremo de miséria e pobreza.
A partir do século XVIII a classe operária ascendeu de uma humilde e desprezada posição ao nível mais elevado e à mais valorizada das atividades humanas, quando Locke descobriu que o trabalho era fonte de toda a propriedade
Ele afirma que essa glorificação do trabalho encontrou suporte definitivo na fábrica mecanizada, alimentando a ideia de que não há limites à produtividade. A presença da máquina definiu de uma vez por todas a fábrica como o lugar da superação das barreiras da própria condição humana. Essa idéia de que a fábrica representa o ápice da produtividade alimentou as projeções da sociedade burguesa, e também as de seus próprios críticos.
O surgimento das máquinas deu lugar à Revolução Industrial, que reduziu definitivamente a fábrica a um acontecimento tecnológico, e acabou por apagar o percurso sinuoso da organização trabalhista.
Entretanto havia focos de resistência dos homens pobres a se submeter aos padrões do trabalho organizado desde o século XVII. Pois esses mesmos homens sentiram na pele o poder destrutivo desse novo método de trabalho, onde o operário é completamente submisso ao patrão.
Enfim, vencer a barreira do orgulho do trabalhador foi uma vitória da sociedade burguesa, que foi apresentada ao trabalhador através da fábrica, a partir do século XVIII.
O texto é