Resenha etica a nicomaco
São João da Boa vista, 11 de março de 2010.
Adriano Brito Maia
Benedito Maurício Mendonça
Ética I –Prof. Luiz Antônio Cipolini
Resenha: Ética a Nicômaco, por Aristóteles, tradução Pietro Nasseti. Martin Claret, São Paulo. 2001, 240 p.
Aristóteles nasceu em 384 a.C. em Estagira, norte da Grécia continental. Era filho de Nicômaco, que exercia a medicina como profissão. Pertencia a uma linhagem que cultivava a arte clínica. Em 367a.C, chega a Atenas, freqüentando a escola de Isócrates, tendo principal destaque em Retórica. Platão que fora seu mestre, admirava a sua inteligência (nous), e a maneira como este declamava os textos. Com Aristóteles, o ensino oral passa para o hábito de ler, de pesquisar, vasculhar. Aristóteles teve o mérito de ser professor de Alexandre Magno. Devido a isso, Aristóteles era considerado pró-macedônio, o que causava repulsa daqueles que eram contrário ao império. Por volta de 347 a.C, com a morte de Platão, o partido anti-macedônio assume o poder de Atenas. Nesta mesma época Aristóteles teria desenvolvido os seus escritos biológicos. Em 322 a.C, vem a falecer. “Alexandre construía um império, Aristóteles construía uma civilização”.[1]
A presente obra tem por intenção de apresentar um projeto ético a partir do resgate do legado Aristotélico. Esta proposta defronta-se de maneira contrastante contra os valores, ou melhor dizendo, contra-valores de cunho hedonista exaltado pela sociedade pós-moderna. Numa sociedade massificada pelo mercado impossibilitada de exercer sua capacidade crítica, tal obra é um convite ousado no que diz respeito à possibilidade do homem desenvolver suas potencialidades racionais, afim de reelaborar um projeto ético de cunho Universal.
No primeiro livro, contrastando a idéia de Platão, Aristóteles fala de uma multiplicidade de bens e da existência de um bem por excelência que seria a eudaimonia. Para se atingir esse bem é necessário uma