Resenha Duran
Perenidade de uma ética sem fronteiras
O livro Perenidade de uma ética sem fronteiras de José de Ávila Aguiar Coimbra aponta e nos mostra como a ética evolui com o passar do tempo de acordo com o espírito humano e suas ações.
A ética nasceu com o ser humano, onde o mesmo tinha necessidade de saber diferenciar o bem e o mal. Ela veio formando conforme os diferentes estágios da cultura humana. Ao longo da história existem crises que quando bem superadas cedem espaço para renovações profundas, que surpreendem culturas mais sólidas.
O autor cita “fronteiras sem ética”, mas entra em contradição quando diz que a ética não tem fronteira. Segundo ele “a ética, por definição e essência é inseparável da vida e da existência do planeta Terra” e depois entra novamente em contradição quando afirma que a ética também é filha da Terra, como nós. Queiramos ou não, ela tem um caráter telúrico, pois nasceu dessa interação de seres vivos, inteligentes, entre si e com outros seres vivos e não vivos.
No inicio de tudo houve o Caos que o foi o vazio, depois que houve o universo, o que nos faz inseparáveis. Após milhões de anos parecemos entrar em um processo inverso, voltando a alguns sintomas apocalípticos que apontam para destruição da Terra, ou seja, de volta a Teoria do Caos.
Mesmo diante dos grandes progressos sempre enaltecidos e consagrados, não podemos “recompensar” a ética perene com uma simples aposentadoria. Ninguém se aposenta da vida nem aposenta a vida sem sobressaltos profundos.
O movimento histórico nos mostra o mundo contemporâneo e vacilante, os conflitos étnicos, religiosos e políticos denunciam o vácuo de um ethos mundialmente aceito e praticado.