Resenha dramaturgia b 2
Béatrice Didier firma no texto que a representação teatral é uma missa “um ataque que contra a Igreja que condenou o teatro e os comediantes”. Diderot compara o teatro com uma prisão dizendo que “o teatro dominante é apenas uma diversão leviana, incapaz de aperfeiçoar os homens reunidos, pois, com o passar do tempo, o espetáculo tornou-se uma prisão.” (MATTOS, p.3) Diderot continua sua analogia dizendo que até o teatro moderno se baseava na arquitetura de uma prisão, “fechados em si mesmos, e não abertos para o mundo exterior, como ocorria na Antiguidade” (MATTOS, p.4). Esse ambiente, afirma ele, que é ocasional e que faz parte de um sistema vasto que engloba, autores, comediantes e espectadores.
Diderot contextualiza que os atores são os primeiros a sofrer com esses aspectos, com infraestrutura mal planejada, com palcos muito pequenos limitando o ator, com salas profundas demais. “Essas limitações, acrescidas da má iluminação e da falta de acústica” (MATTOS, p.4), com isso o ator tinha que ficar à rampa se limitando frente ao público com movimentos limitados. Ele continua que mesmo que a estrutura fosse outra, o ator ainda se limitaria aquele tipo de declamação pois “por razões dramáticas” como é dito no texto.
Diderot equivoca-se dizendo como o público deve e como não deve ser esse sentimento perante ao uma peça teatral. Ele advoga dizendo que é “surpreendente [...] o espectador deixar a sala levando ‘palavras’ em vez de ‘impressão’.” Isso é interessante pois, de certo modo isso ainda acontece nos dias hodiernos, quando nos deparamos nos grandes teatros, no teatro mambembe, em performances ou qualquer tipo