Resenha Documentário "Os caras mais espertos da sala"
Trata-se da trajetória de decadência da empresa Enron, que se tornou a sétima maior companhia dos Estudos Unidos e uma das maiores empresas de energia do mundo. Lá trabalhavam os homens mais inteligentes e brilhantes da América, que projetavam o futuro da energia e da eletricidade. Ken Lay e Jeff Skilling, fundadores da Enron, ocupavam escritórios que eram verdadeiros camarotes de “pelúcia” particulares, e eram conhecidos como “Os caras mais espertos da sala”, os capitães de uma embarcação muito poderosa para afundar.
Fundada em 1985 por Ken Lay, com o objetivo de distribuir e criar fontes de energias alternativas, A Enron, tornou-se uma das líderes mundiais no fornecimento de eletricidade, gás natural, papel e comunicações. Ela foi apontada como a mais inovadora empresa americana por seis vezes consecutivas, empregou mais de 20 mil funcionários e passou seu patrimônio de US$ 10 bilhões para US$ 63 bilhões em menos de 10 anos.
A empresa aparentemente apresentava excelentes resultados, possuía ótima reputação, era fiscalizada por mais de uma empresa de auditoria, por sinal umas das melhores de contabilidade da época. No entanto, o que o documentário revela é o maior caso de falência dos EUA, por meio de um esquema fraudulento de “maquiagem” contábil. A Enron manipulou seus balanços financeiros, com a ajuda de empresas e bancos, e escondeu dívidas de bilhões por anos, tendo seus lucros inflados artificialmente. A consequência de tal fraude foi a perda de capital milhares de acionistas, o rombo nos fundos de pensão dos funcionários que investiram na empresa, além do desemprego de cerca de 21.000 pessoas e uma dívida de aproximadamente US$13 bilhões.
Em maio de 2006, Ken Lay e Jeff Skilling receberam condenações por conspiração, que viriam a resultar em prisão de 45 e 185 anos, respectivamente. Ken Lay, entretanto foi encontrado morto em na manhã do dia 05 de julho, aos 64 anos de idade, provavelmente em decorrência