Resenha Documentário Ilha das Flores
AULA VIRTUAL n°2
DOCUMENTÁRIO: ILHA DAS FLORES
Ilha das Flores, que de flores só tem o nome. Não emana perfume de flores, pois flores não existem ali. Ao contrário do nome, na realidade é um depósito de lixo na cidade de Porto Alegre (RS). O curta-metragem de 13 minutos de duração com o mesmo nome Ilha das Flores. O curta foi produzido em 1989, por Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil e Nôra Gulart, com roteiro de Jorge Furtado e narração de Paulo José. Ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais. Como prelúdio, inicia-se com as frases impactantes: “ESTE NÃO É UM FILME DE FICÇÃO”, “EXISTE UM LUGAR CHAMADO ILHA DAS FLORES”. De fundo ouve-se a introdução da opera O Guarani que é uma das óperas do compositor brasileiro Antônio Carlos Gomesa, que nos remete de pronto ao Brasil mesmo antes de aparecer o globo terrestre, dando a entender que o mudo é lindo e sem fronteiras, más, como sugere as frases, neste mundo sem fronteira na ficção, há ou existe algo de podre na realidade. O curta tem como figura central o tomate que é produzido, colhido, vendido, revendido e descartado exatamente na Ilha das Flores, junto com outros alimentos que foram tidos como imprestáveis para o consumo de milhares de cidadãos na cidade. Através dessa trajetória desde a lavoura até o descarte, é que verdadeiramente começamos a sentir o verdadeiro cheiro que emana desta ilha que não é apenas dos dejetos em decomposição. De lá emana muito mais forte, o cheiro pútrido da desumanidade de um sistema capitalista podre, mais podre do que os restos do lixo que é gerado e descartado lá. Falo da podridão política capitalista ideológica consumista vívida em todo o Brasil e no mundo, que reduz o homem, um ser criado à imagem e semelhança de Deus - Ser este único, que segundo o comentarista, com um tele encéfalo