Resenha do texto “O oral e o escrito: Uma reconsideração” de Eric A. Havelock
993 palavras
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Eric Havelock inicia seu texto abrindo uma discussão sobre a temática da alfabetização grega, citando os estudos de diversos pesquisadores sobre o tema da escrita na sociedade grega e suas opiniões nas quais são citadas, em forma de indignação, ao termo “analfabetismo”. Segundo esses estudiosos, o termo analfabetismo referente a sociedade grega é uma verdadeira ofensa, e Havelock acaba concordando quando faz referencia a Homero e Eurípides destacando toda a importância cultural das obras orais desses autores para toda a história, afirmando o quanto foram utilizadas para impressos e estudos nos dias de hoje. Havelock explicita que a utilização da linguagem oral não era considerada como um discurso simplista e sim como poesia, as obras orais dos mestres gregos eram consideradas linguagens artísticas, o que era o mesmo falar que esses mestres eram letrados, e não analfabetos, já que eram como instrutores de suas comunidades e ficavam a citar seus poemas para o público. Mas como esses poemas orais se tornaram historicamente importantes, já que palavras orais não produzem documentos? Por volta de 700 a.C, o surgimento do alfabeto grego foi uma grande revolução letrada, que possibilitou os registros dos poemas orais, possibilitando assim a existência de uma literatura grega, e transferindo pros dias atuais, favoreceu os estudos aprofundados dos grandes filósofos gregos e suas ciências muito estudadas na atualidade. De acordo com o decorrente aparecimento do alfabeto grego, a forma oral acabou sendo chamada de pré-letrada. Porém, segundo estudiosos de línguas orientais antigas, o alfabeto grego significou muito mais, significou um aprimoramento da literatura já existente, que era a oralidade, ou seja, de modo nenhum as obras orais eram colocadas como de menor importância, o alfabeto grego veio como um aperfeiçoamento de uma literatura que já existia. O autor continua explicando a importância do alfabeto grego, que acabou construindo pontes para as comunicações sociais