Resenha do texto “O Mundo Como Representação” do livro “À Beira da Falésia"
Roger Chartier nasceu em 1945, em Lyon. Filho de família operária, formou-se professor e historiador pela Escola Normal Superior de Saint Cloud e pela Universidade Sorbonne, em Paris. Em 1978, tornou-se mestre conferencista da Escola Superior de Estudos em Ciências Sociais e, depois, diretor de pesquisas da instituição. Em 2006, foi nomeado professor-titular de Escrita e Cultura da Europa Moderna do Collège de France. Chartier é membro do Centro de Estudos Europeus da Universidade Harvard e recebeu o título de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras do governo francês. Também leciona na Universidade da Pensilvânia, nos EUA, e percorre o mundo articulando palestras. O francês estuda a história da cultura e dos livros, a trajetória da leitura e da escrita como práticas sociais.
Esta resenha busca analisar o texto “O mundo como representação”, de Roger Chartier, que compõe o livro “À beira da falésia. A história entre incertezas e inquietudes”, do mesmo autor. É importante notar os caminhos que o autor percorre ao longo da obra para chegar no seu objeto de análise que é comprovar que não há elementos suficientes para se afirmar uma crise das ciências sociais. E para tal ele: viaja entre as novas disciplinas que causam uma “investida” contra a História; explana acerca dos dois ramos que os historiadores escolhem seguir como resposta à ‘nova’ História; faz uma análise sobre a crise das ciências sociais (perguntando se de fato é possível chamar de “crise”) e a formação da História; faz um paralelo entre “História Social da Cultura” e “História Cultural do Social”; analisa a existência de uma proximidade (ou distanciamento) entre o texto e o leitor; por consequência, faz uma observação sobre como as identidades da sociedade estão sendo construída.
Partindo da busca em responder seu questionamento, Chartier defende a não existência de crise das Ciências Sociais, e para validar sua