Resenha do texto: Formação espacial brasileira. Uma contribuição crítica à Geografia do Brasil – de Ruy Moreira.
As fases e vetores da formação espacial brasileira – hegemonias e conflitos -
O autor vem a explicar todas as fases e condutores que vão contribuir para a formação do espaço brasileiro. Fases essas marcadas por discordância entre o modelo comunitário e o modelo de sociedade produzido pela coroa Portuguesa.
São vários os condutores fundacionais que vão contribuir para a formação espacial do Brasil, tendo como iniciais dois: o bandeirantismo e a expansão do gado, que vão fixar o arranjo da formação espacial que conhecemos hoje.
Os Bandeirantes vão deixando comunidades indígenas destruídas e manchas de cultivo e núcleos de futuras cidades que pontuarão a base logística da sociedade em formação.
Mas a expiração real vai ser a descoberta de minas de ouro e prata com o objetivo de cumprir na colônia a política do metalismo que norteia todo o empreendimento colonial de Espanha e Portugal neste momento.
As invasões bandeirantes vão avançar rumo ao litoral sul, onde suas tropas vão disputar hegemonias de território e de apresamento indígena com as tropas espanholas, que aí também agem, em nome da pertença dessas terras à Espanha segundo o Tratado de Tordesilhas.
A ocupação do território brasileiro pode ser dividida em ciclo, tendo como primeiro o ciclo do pau-brasil, cuja extração da madeira, seria enviada a Europa para a produção de corante, dando origem as primeiras áreas de ocupação da colônia.Em seguida inicia-se o ciclo da cana de açúcar quem começa efetivamente o processo de ocupação e formação espacial da colônia.
No século XVIII, é finalmente quando se inicia o ciclo da mineração, permitindo assim que o centro de gravidade da ocupação se transferisse do litoral para o interior. O caráter agrário da formação colonial é trocado pelo mineiro urbano, encerrando assim a fase do bandeirantismo. Logo se inicia a fase de expansão do gado que vai até