Resenha do texto da polarização das qualificações ao modelo de competência
1) Os novos paradigmas de produção e a evolução da divisão do trabalho e da qualificação
O desenvolvimento do modelo de produção fordista baseou-se na fabricação em massa de bens padronizados feito por trabalhadores semiqualificados. O objetivo principal era a redução máxima dos custos de produção e, assim, baratear o produto para que haja um maior número de consumidores. Nesse sistema de produção, que foi o que mais se desenvolveu no século XX, utilizava-se uma esteira rolante na qual se conduzia o produto, e cada funcionário realizava apenas uma pequena tarefa.
A partir dos anos oitenta, alternativas ao modelo fordista foram conceptualizadas, como modelo da especialização flexível (EUA, Piore e Sabel), e como novo conceito de produção (Alemanha, Kern e Schumann).
O modelo de especialização flexível teria no plano da organização da produção, a fábrica flexível; no plano da hierarquia das qualificações, o operário prudhoniano; e, no plano da mobilidade dos trabalhadores, o trabalhador temporário. Essa flexibiliddae permitiria a superação do modelo fordista e como consequência o retorno de um trabalho artesanal, qualificado e relação de cooperação entre a gerência e os operários multifuncionais.
O novo conceito de produção representaria uma ruptura com o taylorismo e o fordismo, teria uma menor divisão do trabalho e uma maior integração de funções.
O surgimento de um novo modelo de produção industrial é muito bem representado pelo modelo empresarial japonês, o toyotismo. Este modelo tinha como características o trabalho cooperativo em equipe, funcionamento dos postos de trabalho fundados sobre polivalência e rotação de tarefas. O trabalhador japonês tem visão de conjunto do processo de trabalho no qual está inserido; sendo assim capaz de julgar, discernir, intervir, resolver problemas e propor soluções.
O trabalhador acaba sendo operário de produção e de manutenção, inspetor de