Resenha do povo brasileiro
O censo de 1950 também mostra a disparidade entre as condições de vida e de trabalho de negros e brancos. Para cada mil brancos maiores de dez anos, 23 são empregadores; enquanto, apenas 4 negros por cada mil empregadores. Os imigrantes encontraram condições de ascensão social muito mais rápida que o conjunto da população negra existente no Brasil. O negro era tratado como uma besta de carga e mesmo depois da abolição ele se via obrigado a se enquadrar num outro tipo de exploração a do subproletariado ditado pelo latifúndio.
O preconceito existente em outras sociedades conduzia ao apartamento, à segregação e à violência, pela hostilidade a qualquer forma de convívio. O preconceito existente no Brasil tende a identificar como branco o mulato claro, conduz a antes a uma expectativa de miscigenação. Essa expectativa é discriminatória, pois, espera que os negros clareiem ao invés de aceita-los como são.
Muito mais que o preconceito de raça e cor, os brasileiros enfrentam o preconceito de classe. Existe uma enorme distância social que medeiam pobres e remediados principalmente pelo seu grau de integração ao estilo de vida dos grupos privilegiados e dominantes, essa distância se mostra: como analfabetos ou letrados, detentores de um saber vulgar transmitido oralmente ou de um saber moderno, como herdeiros da