Resenha do livro noites brancas - dostoieviski
O presente livro conta a história de um personagem (e que é narrador ao mesmo tempo) ao qual não foi mencionado nome algum e que mora numa pensão em São Petersburgo, na Rússia. Ele vivia solitário e era um transeunte que observava as pessoas que andavam pelas ruas de São Petersburgo. Criava amizades imaginárias com casas e nunca dialogava alguém. Apesar disso, notava-se nele uma certa compaixão por essas pessoas que ele não conhecia. Isso, em minha opinião, é uma crítica ao atual sistema social em que vivemos principalmente nas grandes cidades. O modo de vida individualista que o capitalismo impregnou nas pessoas faz com que as mesmas não se compadecem pelos outros; portanto, pessoas como o personagem solitário descrito no livro tornam-se cada vez mais frequente em nosso meio.
O mesmo personagem, num dia qualquer, ultrapassa as muralhas da cidade e vai em direção ao campo. Lá, ele sente um modo de vida totalmente diferente da cidade. Lá, as pessoas cumprimentavam-no. Ele sentiu um estranho contentamento, como nunca havia sentido antes. Percebe-se um forte bucolismo nessa parte do livro. O campo, por ter um modo de vida mais tranquilo e por ter uma menor parte da população, gera um maior conhecimento entre seus moradores que o existente nas cidades. O campo, apesar de ter uma menor infraestrutura que a existente nas cidades, não tem tanta poluição, violência, individualismo e a vida agitada como na cidade. Seria bom se o modo de vida simples existente no campo fosse transferido para a cidade. Talvez, desse modo, menos casos de depressão e até de suicídio iriam acontecer. Mas, infelizmente, é algo totalmente utópico de acontecer, em minha opinião.
Nesse mesmo dia em que ele foi ao campo, a noite ele retorna a cidade e, numa casualidade, encontra e dialoga com Nastenka, uma jovem mulher. Ele fica extasiado com a ocasião, pois, como já foi comentado, ele era uma pessoa solitária e com pessoa alguma conversava. Eles tem sua