Resenha do Livro Minha Profissão é Andar
Abrange um período de 1968 a 1977, quando aos 35 anos conheceu Marcia então com 17 anos. O grande amor da vida dos dois.
Continuação natural de “Minha Profissão é Andar” é “Velejando a Vida”
Neste livro ele continua a auto biografia agora tendo sua vida ligada à Marcia. Os primeiros problemas de relacionamento físico, o casamento e a luta para terem um filho. Depoimento sincero, detalhado e emocionante. Impossível não ler o capitulo 5 em voz alta.
Hoje João Carlos e Marcia têm uma filha Marina, com 12 anos.
Momento de poesia do livro “Minha Profissão é Andar”
João Carlos Pecci
Completa-se uma fase e pensa-se que quase se conseguiu.
Quase: palavra esquisita.
O mesmo mundo que lhe cabe dentro, fica-lhe fora
A mesma alegria pelo conseguido é a tristeza do inatingido.
É o quase.
É a bola na trave. O grito de gol sufocado.
Quase!
É o desencontro.
Quase!
É a reprovação por meio ponto.
É a nuvem nos céus do nordeste, que continua como nuvem.
É o segundo lugar.
É o beijo... no rosto!
É o amor... nas coxas!
É o fio de vela solto na ultima volta do Grande Premio.
É o prematuro que não resiste.
São os 40% do mínimo salário.
São os doze pontos!
Quase! Quase: porta aberta para o tudo, e um declive para o nada.
O romântico na chuva.
A moça de tanga;
O ciúme, a briga, o telefone que toca... mas a voz é da tia!
Quase!
A derrapagem. Puxa! era só um pouco mais de atenção na curva...
A vértebra trincada.
Quase!
É o aparelho ortopédico
Esta "lição de casa" faz parte de um curso "Escrevivendo Resenhas" ministrado por Karen Kipnis
Eu estava quase andando...
Quase!
O imenso vácuo de cinco letras entre a esperança e a certeza.