Pedagogia da Autonimia
E já dizia François Jacob, “nós somos seres programados, mas, para aprender”. E é com essa ideia que Paulo Freire começa seu livro. Em sua obra, “Pedagogia da Autonomia”, Freire critica a posição professor/aluno. Alega que ensinar é muito mais que encher a cabeça de um aluno com informações. Para ele, ensinar e aprende devem andar juntos. O aluno também tem trocas positivas para fazer com o professor. É um erro imenso acreditar que a troca de conhecimento vem em uma via única. Isso é um fato que além de ser aprendido pelos dois, deve ser vivenciado por ambos.
Um bom educador é aquele que instiga a curiosidade em seus educandos. Que não impõe respeito através de punições sem fundamentos. Os alunos precisam ver no professor uma figura inovadora, criativa, investigadora. Nunca será um professor crítico aquele que está acostumado a repetir frases alheias. Memorizar e não aprender. Não questionar. E desta mesma forma, não existirão alunos com uma visão crítica se o professor que os forma nunca incentivar a criticidade. Ensinar exige que o professor – e a escola em geral – entenda o meio social que os alunos vivem. Discutir com eles. Criar um vínculo.
Ensinar exige risco. Risco no que se fala. Risco em como se fala. Risco em que lado tomar e como proceder em determinada situação. Ensinar exige do professor constante atualização. Ensinar exige a aceitação do novo – o velho, que muitas vezes está tão firmado dentro de nós, nos impede de enxergar novas possibilidades. O professor precisa ter opinião. Ter o que falar. Cabe ao educador ensinar o educando a “pensar certo”. Pensar certo no sentido de que o importante não é a quantidade, e sim a qualidade. Pensar certo, não de “eu estou certo e você errado”, mas sim de “esse é o meu pensamento, qual é o seu?”. O educador deve ensinar ao educando a sempre se perguntar o por quê disto e daquilo. É importante sempre questionar. O educador deve dar a sua sugestão na